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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Tudo o que eu falei dormindo

Dizem que sou espontânea, transparente, direta. Que eu falo o que penso. Não sou falsa. Quando eu gosto,  eu gosto! Quando eu não gosto a minha cara fala por mim. Mas não sou toda assim. Sabe aquela coisa de não deixar pra amanhã o que você pode dizer hoje? Resoluções de fim de ano. Não guardar pra você,pois o outro não lê mentes. Sacou o que eu estou querendo dizer? Todas as cartas que escrevi,os textos que escrevi...os que foram entregues, compartilhados,enviados...nunca em nenhum deles eu disse na lata, objetivamente, em poucas palavras, o que era necessário ser dito. Sim,eu tenho medo! Eu quero ter respostas claras, eu quero que me seja dito curto e grosso, seja lá o que for. Mas eu mesma não consigo fazer isso. Pode perguntar por aí,  tem testemunha, cúmplice e protagonista. Eu falo,falo, falo e não falo o que deveria ser dito. Tô ouvindo no repeat a música título desse post,com os olhos embaralhados, porque o que eu consigo fazer é chorar!  Pelo menos assim elimino as

Breakeven

Achei que depois dos trinta nós estaríamos livres de nos sentirmos como adolescentes com o coração em pedaços. Pode soar como algo exagerado, mas no "calor da emoção " é assim que me sinto. Eu perdi o apetite! Deu vertigem. O estômago embrulhou, tive vontade de enfiar o dedo na goela e vomitar. Vomitar tudo! Fosse comida, fosse todas as palavras, a vontade de chorar, todas as lembranças, cada segundo de cada uma delas, o não dito, o talvez, a esperança. A esperança que foi trazida do nada pra minha vida,sem eu pedir,sem eu procurar e que me foi tirada da mesma forma. Vomitar o quanto poderia ser, quase foi, e ficou no quase. Vomitar que eu não aguento mais isso, que eu achei que isso nunca mais iria acontecer e que agora era a hora. Vomitar os sonhos que tive,dormindo,e que eram tão reais que me fizeram sonhar de dia também.